julho 27, 2006
julho 25, 2006
julho 18, 2006
FIM DE SEMANA DE CONTRASTES - I
Embora planeasse ir até Portimão ver e fotografar os Trimarãs Gigantes da Multi Cup 60’ que pela primeira vez tinha uma prova em Portugal, organizada pela Make-Fast na pessoa do incansável, inconformado e amigo Luís Serpa, que não desistiu perante a inércia acéfala em que o país se vai afundando lentamente, acabei por ficar em Cascais depois dos meus companheiros de viagem terem desistido do programa e não me apetecer fazer sozinho 600 Km com o calor que estava.
Se fosse religioso diria que Deus é grande, mas como não sou direi apenas que com a não ida a Portimão se abriu uma janela de oportunidade, neste caso duas, que acabaram por preencher o Sábado e o Domingo com duas experiências náuticas de se lhes tirar o chapéu (de sol), embora bastantes diferentes no que diz respeito às embarcações.
Assim, no Sábado, a convite do Rui Ferraz, companheiro de noites náuticas desde o Patrão Local até ao Patrão de Alto Mar, fomos “saborear” o seu primeiro barco, acabadinho de chegar e que dá pelo nome de “Sandy Cay”. Para compor o ramalhete não podia faltar o nosso mentor e mestre, que nos iniciou nestas lides, Vasco Pereira.
O barco, ou a barcoleta como diria o pessoal de Aveiro, é um Benetau 21.7, cheio de garra e vento na popa (o equivalente a pelo na venta). Cerca de 6,5 metros de fibra abrilhantada com teca, aqui e ali, mais um aparelho simples e simpático de manejar. Garanto que não me dão comissão na Benetau, mas que fizemos umas bolinas à maneira e uns bordos de se lhe tirar o chapéu (de sol), fizemos! O Rui merece!
Se fosse religioso diria que Deus é grande, mas como não sou direi apenas que com a não ida a Portimão se abriu uma janela de oportunidade, neste caso duas, que acabaram por preencher o Sábado e o Domingo com duas experiências náuticas de se lhes tirar o chapéu (de sol), embora bastantes diferentes no que diz respeito às embarcações.
Assim, no Sábado, a convite do Rui Ferraz, companheiro de noites náuticas desde o Patrão Local até ao Patrão de Alto Mar, fomos “saborear” o seu primeiro barco, acabadinho de chegar e que dá pelo nome de “Sandy Cay”. Para compor o ramalhete não podia faltar o nosso mentor e mestre, que nos iniciou nestas lides, Vasco Pereira.
O barco, ou a barcoleta como diria o pessoal de Aveiro, é um Benetau 21.7, cheio de garra e vento na popa (o equivalente a pelo na venta). Cerca de 6,5 metros de fibra abrilhantada com teca, aqui e ali, mais um aparelho simples e simpático de manejar. Garanto que não me dão comissão na Benetau, mas que fizemos umas bolinas à maneira e uns bordos de se lhe tirar o chapéu (de sol), fizemos! O Rui merece!
FIM DE SEMANA DE CONTRASTES - II
À noite telefona-me o António Ferreira, igualmente companheiro de noites náuticas do Patrão de Costa a convidar-me para sairmos no Domingo. Sempre, foi a resposta, e do lado de lá ouvi dizer, Olha lá, vamos sair mas não é no meu 24 pés, vamos sair num clássico de madeira de 20 metros, Queres ir? QuezebumSIM...lá consegui articular. Então tá bem, amanhã na doca do espanhol às 10! Se eu fosse religioso acho que teria uma espécie de epifania, mas como não sou, sorri cá para dentro e fui abrir uma garrafa de Duas Quintas, pois então!
FIM DE SEMANA DE CONTRASTES - III
Quando cheguei à doca do espanhol (por vezes sabe bem não pôr maiúsculas nos nomes próprios, além de ser bastante moderno...), e vi o FOXHOUND, parecia que estava a ler a Yacthing World e a ver todas aquelas fotos de regatas com barcos clássicos em Antigua. Este ainda era mais bonito, porque estava ali. Via-se, cheirava-se e tocava-se. E foi com uma certa emoção, muita, que integrei a tripulação do Foxhound para um passeio até Cascais.
O Foxhound é um veleiro desenhado e construído em 1935 por Camper & Nicholsons para o Vice-Rei da Austrália, Ikey Bell e foi o primeiro Yacht a ser construído segundo as (na altura) 12 meter Offshore International Rule. Foi na era das clássicas regatas de Yacths, que incluíam as famosas classes “J”. A história do Foxhound está repleta de sucessos em várias Fastnet e Admirals Cup, como ainda é visível no salão decorado com as chapas dos eventos em que participou e ainda participa. Chegou a Portugal em 1954, depois de ter ganho a Bermuda Race ao comando de Mrs Rachel Pitt-Rivers. Actualmente, António Xara-Brazil é o feliz proprietário e actual skipper do Foxhound.
As suas características são: comprimento 63’5 (19,38m), boca 12’4 (3,81m) e calado 8’9 (2,74m).
Após umas manobras um pouco mais complicadas que o costume para sair da doca, derivado do seu comprimento e de ter quilha corrida que complica sempre as manobras à ré, saímos da doca com rumo a Cascais, levando eu um sorriso do tamanho do mundo, e não estou a exagerar. A tripulação era reduzida, o Armando e a esposa Anne, o António Ferreira, eu e o nosso anfitrião e Skipper. Lá me foram explicando que o barco era um pouco mais trabalhoso que os veleiros actuais, ou seja, foram-me preparando para o esforço e dimensão do velame. Quando içámos a vela grande, comecei à procura da adriça nos diversos cabos visíveis junto ao mastro, até descobrir que era um cabo de aço bem grosso num molinete especial e diferente de tudo o que tinha visto até então. E a vela grande era bem grande. A genoa igualmente enorme, era caçada no “moinho de café”, obedecendo a procedimentos bem diferentes do costume. A tudo isto o António Xara sorria e dizia-me, Este barco dá um pouco de trabalho, mas é uma elegância a navegar. E eu ia descobrindo a pouco e pouco os lugares e os aparelhos, até que chegámos a Cascais, onde fundeámos para um mergulho antes do almoço anunciado pelo António Ferreira.
Foi com um certo pesar que pelo meio da tarde levantámos ferro e rumámos a Lisboa. Estava-se bem, as estórias do António Xara estavam magníficas e eu estava no sétimo céu, mas era hora de partir. Já mais à vontade com as manobras, regressámos num largo a querer rodar para a popa. Eu só olhava para os paus de spi e pensava, Isto em regata deve ser bonito...
Na doca, o Foxhound entrou na perfeição e atracou suavemente na experiência do skipper. As sombras já iam longas e foi a custo que me despedi com um (espero) até à próxima!
O Foxhound é um veleiro desenhado e construído em 1935 por Camper & Nicholsons para o Vice-Rei da Austrália, Ikey Bell e foi o primeiro Yacht a ser construído segundo as (na altura) 12 meter Offshore International Rule. Foi na era das clássicas regatas de Yacths, que incluíam as famosas classes “J”. A história do Foxhound está repleta de sucessos em várias Fastnet e Admirals Cup, como ainda é visível no salão decorado com as chapas dos eventos em que participou e ainda participa. Chegou a Portugal em 1954, depois de ter ganho a Bermuda Race ao comando de Mrs Rachel Pitt-Rivers. Actualmente, António Xara-Brazil é o feliz proprietário e actual skipper do Foxhound.
As suas características são: comprimento 63’5 (19,38m), boca 12’4 (3,81m) e calado 8’9 (2,74m).
Após umas manobras um pouco mais complicadas que o costume para sair da doca, derivado do seu comprimento e de ter quilha corrida que complica sempre as manobras à ré, saímos da doca com rumo a Cascais, levando eu um sorriso do tamanho do mundo, e não estou a exagerar. A tripulação era reduzida, o Armando e a esposa Anne, o António Ferreira, eu e o nosso anfitrião e Skipper. Lá me foram explicando que o barco era um pouco mais trabalhoso que os veleiros actuais, ou seja, foram-me preparando para o esforço e dimensão do velame. Quando içámos a vela grande, comecei à procura da adriça nos diversos cabos visíveis junto ao mastro, até descobrir que era um cabo de aço bem grosso num molinete especial e diferente de tudo o que tinha visto até então. E a vela grande era bem grande. A genoa igualmente enorme, era caçada no “moinho de café”, obedecendo a procedimentos bem diferentes do costume. A tudo isto o António Xara sorria e dizia-me, Este barco dá um pouco de trabalho, mas é uma elegância a navegar. E eu ia descobrindo a pouco e pouco os lugares e os aparelhos, até que chegámos a Cascais, onde fundeámos para um mergulho antes do almoço anunciado pelo António Ferreira.
Foi com um certo pesar que pelo meio da tarde levantámos ferro e rumámos a Lisboa. Estava-se bem, as estórias do António Xara estavam magníficas e eu estava no sétimo céu, mas era hora de partir. Já mais à vontade com as manobras, regressámos num largo a querer rodar para a popa. Eu só olhava para os paus de spi e pensava, Isto em regata deve ser bonito...
Na doca, o Foxhound entrou na perfeição e atracou suavemente na experiência do skipper. As sombras já iam longas e foi a custo que me despedi com um (espero) até à próxima!
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