junho 18, 2005

CAMINHO DE SANTIAGO - PUTA MADRE

Hoje foi um dia particularmente quente por aqui. Segundo nos disseram foi o dia mais quente do ano. Pelo nosso lado, começámos o dia bem cedo a pedalar, por volta das 7.00. Começámos logo a subir em direcçao ao nosso primeiro objectivo, a Cruz de Ferro, o ponto mais alto do Caminho. Chegádos lá, uma baixada de 15 Km alegrou-nos o espírito para o que vinha a seguir, altos e baixos com o calor a apertar. Já no sopé do Cebreiro, tomámos a decisao de ir por dentro, pelas aldeias e rezando para que houvesse uma estradinha rural asfaltada que ligasse ao Cebreiro, o nosso Avatar. As subidas ao sol eram de loucos e a dado momento vimos escrito no asfalto que se derretia a palavra Albergue. E zás, metemos por um trilho de terra que começou a ficar cada vez mais estreiro, íngreme e cheio de pedras até que a soluçao foi empurrar, a subir, a bicicleta e nós próprios. Nao sei quanto tempo levei a subir o monte sem ver albergue nenhum, só sei que chegámos lá feitos em papa e completamente desidratados. Tudo isto para constatar que a uns 500m, mais abaixo passava a mesma estrada que tinhamos deixado séculos atrás. Puta Madre!

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