janeiro 18, 2005

Júlio Quirino - História Breve para uma Exposição

Júlio Jaime Borrêlho Quirino

Nasce no ano de 1953 em Lisboa, mais precisamente em Alcântara, no Largo do Calvário em frente ao cinema Promotora.

A família que o ajuda a crescer está ligada às artes gráficas e ao desenho, desde o avô que dominava a arte do desenho em pedra litográfica, ao pai que lhe ensinou os primeiros gestos do desenho a pastel e a tinta-da-china.

Cresceu com o cheiro das tintas das rotativas em Santa Catarina e com a proximidade das Belas Artes onde acabou por fazer o Curso Superior de Arquitectura em 1978.

Os estudos eram partilhados com colaborações profissionais no campo da fotografia de reportagem e de publicidade, como cartoonista no Jornal humorístico “O Coiso” juntamente com Mário Henrique Leiria, Carlos Barradas e tantos outros, ou como ilustrador ocasional e artista gráfico.

Acabado o curso de Arquitectura e o Festival de Jazz de Setúbal, onde concebeu e produziu todo o material gráfico e plástico e que marcaria o abandono temporário da faceta gráfica, começa o percurso profissional como Arquitecto embora sempre ensombrado com o fantasma das artes plásticas.

Amante de Jazz, vem pela mão de Rui Neves e do José Duarte a colaborar novamente como cartoonista na revista Pão Com Manteiga.

Em 1989 e após vários anos de cumplicidade criativa com o arquitecto e músico dos Ephedra, Paulo Viana, constitui a empresa Júlio Quirino & Paulo Viana arquitectos, o atelier ao qual ainda hoje está ligado profissionalmente e que tem no seu historial mais recente obras como o Fórum Almada, Fórum Aveiro, Edifícios Central Park, Espargal e vários conjuntos habitacionais e de Serviços.

Paralelamente com a actividade do atelier, mantém viva a chama inicial e pinta retratos e histórias dos amigos mais íntimos, por vezes a aguarela, outras a pastel e ainda outras a acrílico, médium que começa a estudar e a desenvolver técnicas várias de trabalhar em tela.

Em 1996 tropeça nos símbolos arquetípicos, seguindo a linha de Carl Jung e põe em prática uma abordagem quase Zen para os sintonizar e pintar.

Hoje, a série de símbolos representados como foram percepcionados encontra-se reunida na colecção “Imagens de Poder” exposta a partir de dia 03 de Fevereiro na Galeria/Restaurante LA MONEDA em Lisboa.

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