Dia 08 - 05/04. Tobago Cays / Union Island
Segunda-feira, dia 5 de Abril.
Acordei a meio da noite para fechar o albói do nosso camarote. Soprava uma ventania danada e fazia um pouco de frio. Ao espreitar pelo albói vi todo o conjunto de barcos fundeados no branco do reflexo da lua no mar, e as luzes dos mastros que faziam no conjunto novas constelações que oscilavam caoticamente no céu com poucas estrelas. Ainda ligeiramente preocupado com a sanidade mental dos meus sapatos, fechei o albói e voltei a adormecer.
De manhã, constatámos que estávamos com algumas falhas na despensa e decidimos ir até à ilha UNION ISLAND, para acabar o arranjo do guincho, e fazer as compras necessárias para a cozinha. Entretanto o Paulo não se calava de repetir que tinha a certeza de ter lavado os sapatos dele assim que chegara ao barco, estavam todos sujos de areia e ele tinha-os lavado à mangueirada. Agora estavam novamente todos sujos de areia, alí havia bruxedo...Afinal os meus sapatos estavam de boa saúde mental e ainda molhados da mangueirada inesperada da véspera.
Antes de sair, eu e o Nuno fomos para o dinghy para tirar fotos do “Dolphin Dance” com as velas cheias, a manobrar no recife com as ilhas por trás. Tirei bastantes fotos enquanto o resto da tripulação fazia os bordos necessários para fazerem duas voltas completas e proporcionar fotos de vários ângulos. Só não consegui tirar de frente devido à posição do Sol e às manobras do dinghy.
Saímos a um largo e ao fim de uma hora estávamos a fundear amarrados a uma bóia que nos indicaram. Como não tínhamos ainda o guincho a funcionar, resolvemos pagar o costume (40 $EC) para amarrar à bóia. De qualquer maneira era mais seguro e ficávamos mais descansados. Ainda nos lembrávamos da vez que tínhamos garrado na Grécia, onde por pouco não batemos num pontão dos ferries, salvou-nos na altura o aviso do piloto da Pinta, mas isso é outra história.
De seguida fomos a terra, enquanto o nosso mecânico, o Earl, ficava a bordo para o arranjo final do guincho. Em terra dividimo-nos em dois grupos. Eu e o Luís fomos tratar da papelada (clearance) para ir até às ilhas de Carricou e Grenada, enquanto os outros iriam fazer as compras de mercearias.
Antes das compras fomos todos ao banco trocar dinheiro. Havia filas longas, mas lá dentro não nos importámos de esperar porque estava bem fresco. Nos Customs (alfândega), o funcionário que nos recebeu era bem antipático e pediu-nos papelada a mais do que era preciso. Pagámos, sorrimos e fomos à procura da Immigration que, ao que viemos a saber, era no aeroporto. O Sol estava abrasador e por isso apanhámos o primeiro transporte que passou, uma Combi. Eu e o Luís éramos os únicos brancos na carrinha, e num curto trajecto chegámos ao aeroporto. Aí o funcionário era mais simpático e despachámo-nos depressa.
De volta ao cais encontrámos o resto do pessoal com as compras e voltámos ao barco para as arrumar. De seguida voltámos a terra, todos menos o Nuno e a Teresa, já nos começávamos a habituar. Em terra, passeámos pela rua principal e ao fim dum certo tempo encontrámos o Luís. Tinha descoberto um bar perdido num monte sobre a baía, bar esse que pertencia a uma alemã “perdida” na ilha há cerca de 15 anos. Cerveja com vista sobre a baía ao fim da tarde, não podia ser melhor.
Lá mais para o fim da tarde voltámos ao barco e fomos recebidos com umas trombas de todo o tamanho pelo Nuno e pela Teresa que, ao que diziam, devíamos ter regressado ao fim de meia hora, para eles irem mergulhar à ilha de Palm Island. Ninguém sabia de nada a não ser eles. Houve uma ligeira discussão e troca de galhardetes “et bof”, não houve mais nada para dizer.
À noite fomos todos, menos o Nuno e a Teresa, o que começou a ser um standard nesta viagem, jantar fora a um restaurante no porto, daqueles que se pode ir por mar. O restaurante, que se chama “Lambi’s”, servia um jantar tipo buffet e era excelente. Preço fixo 45 $EC + 10% de serviço, bebidas à parte. O Nuno e a Teresa vieram ter connosco no fim do jantar e quando acabou o espectáculo da banda de steeldrums que abrilhantou o jantar, fomos à procura de um bar de praia que tínhamos visto do barco.
Ficámos por lá a ouvir música ora de reggae (a nosso pedido) ora americanadas execráveis e lilis. E assim acabámos a noite, junto à água, numa esplanada com relva no chão e uma Lua cheia que iluminava tudo como se de um holofote se tratasse. Voltámos ao barco e adormeci instantaneamente assim que me deitei.
Segunda-feira, dia 5 de Abril.
Acordei a meio da noite para fechar o albói do nosso camarote. Soprava uma ventania danada e fazia um pouco de frio. Ao espreitar pelo albói vi todo o conjunto de barcos fundeados no branco do reflexo da lua no mar, e as luzes dos mastros que faziam no conjunto novas constelações que oscilavam caoticamente no céu com poucas estrelas. Ainda ligeiramente preocupado com a sanidade mental dos meus sapatos, fechei o albói e voltei a adormecer.
De manhã, constatámos que estávamos com algumas falhas na despensa e decidimos ir até à ilha UNION ISLAND, para acabar o arranjo do guincho, e fazer as compras necessárias para a cozinha. Entretanto o Paulo não se calava de repetir que tinha a certeza de ter lavado os sapatos dele assim que chegara ao barco, estavam todos sujos de areia e ele tinha-os lavado à mangueirada. Agora estavam novamente todos sujos de areia, alí havia bruxedo...Afinal os meus sapatos estavam de boa saúde mental e ainda molhados da mangueirada inesperada da véspera.
Antes de sair, eu e o Nuno fomos para o dinghy para tirar fotos do “Dolphin Dance” com as velas cheias, a manobrar no recife com as ilhas por trás. Tirei bastantes fotos enquanto o resto da tripulação fazia os bordos necessários para fazerem duas voltas completas e proporcionar fotos de vários ângulos. Só não consegui tirar de frente devido à posição do Sol e às manobras do dinghy.
Saímos a um largo e ao fim de uma hora estávamos a fundear amarrados a uma bóia que nos indicaram. Como não tínhamos ainda o guincho a funcionar, resolvemos pagar o costume (40 $EC) para amarrar à bóia. De qualquer maneira era mais seguro e ficávamos mais descansados. Ainda nos lembrávamos da vez que tínhamos garrado na Grécia, onde por pouco não batemos num pontão dos ferries, salvou-nos na altura o aviso do piloto da Pinta, mas isso é outra história.
De seguida fomos a terra, enquanto o nosso mecânico, o Earl, ficava a bordo para o arranjo final do guincho. Em terra dividimo-nos em dois grupos. Eu e o Luís fomos tratar da papelada (clearance) para ir até às ilhas de Carricou e Grenada, enquanto os outros iriam fazer as compras de mercearias.
Antes das compras fomos todos ao banco trocar dinheiro. Havia filas longas, mas lá dentro não nos importámos de esperar porque estava bem fresco. Nos Customs (alfândega), o funcionário que nos recebeu era bem antipático e pediu-nos papelada a mais do que era preciso. Pagámos, sorrimos e fomos à procura da Immigration que, ao que viemos a saber, era no aeroporto. O Sol estava abrasador e por isso apanhámos o primeiro transporte que passou, uma Combi. Eu e o Luís éramos os únicos brancos na carrinha, e num curto trajecto chegámos ao aeroporto. Aí o funcionário era mais simpático e despachámo-nos depressa.
De volta ao cais encontrámos o resto do pessoal com as compras e voltámos ao barco para as arrumar. De seguida voltámos a terra, todos menos o Nuno e a Teresa, já nos começávamos a habituar. Em terra, passeámos pela rua principal e ao fim dum certo tempo encontrámos o Luís. Tinha descoberto um bar perdido num monte sobre a baía, bar esse que pertencia a uma alemã “perdida” na ilha há cerca de 15 anos. Cerveja com vista sobre a baía ao fim da tarde, não podia ser melhor.
Lá mais para o fim da tarde voltámos ao barco e fomos recebidos com umas trombas de todo o tamanho pelo Nuno e pela Teresa que, ao que diziam, devíamos ter regressado ao fim de meia hora, para eles irem mergulhar à ilha de Palm Island. Ninguém sabia de nada a não ser eles. Houve uma ligeira discussão e troca de galhardetes “et bof”, não houve mais nada para dizer.
À noite fomos todos, menos o Nuno e a Teresa, o que começou a ser um standard nesta viagem, jantar fora a um restaurante no porto, daqueles que se pode ir por mar. O restaurante, que se chama “Lambi’s”, servia um jantar tipo buffet e era excelente. Preço fixo 45 $EC + 10% de serviço, bebidas à parte. O Nuno e a Teresa vieram ter connosco no fim do jantar e quando acabou o espectáculo da banda de steeldrums que abrilhantou o jantar, fomos à procura de um bar de praia que tínhamos visto do barco.
Ficámos por lá a ouvir música ora de reggae (a nosso pedido) ora americanadas execráveis e lilis. E assim acabámos a noite, junto à água, numa esplanada com relva no chão e uma Lua cheia que iluminava tudo como se de um holofote se tratasse. Voltámos ao barco e adormeci instantaneamente assim que me deitei.
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