Dia 11 - 08/04. Grenada
Quinta-feira, dia 8 de Abril.
Choveu durante a noite. Estamos ainda na dry season, mas a um mês da rainny season. No entanto chove pouco e com pouca intensidade. Levantámo-nos cedo e preparámos tudo para levar a vela para terra com o fim de ser reparada.
Já com a bandeira de cortesia posta, atracámos no sítio de pôr gasóleo com uma manobra que fez uso de três cabos, à proa, à popa e uma regueira mais ou menos a meio. Vela entregue para reparação, contratámos um serviço de táxi com guia para todos, com o fim de visitar o interior da ilha. Havia umas quedas de água para ver ou tomar banho, algumas fábricas, uma cidade interior, etc.
Fundeámos de novo a Dolphin Dance (não há dúvida que a embarcação é feminina, com todas as birras e caprichos típicos…) na baía e fomos ter com o George que seria o nosso motorista e guia durante o dia.
Saímos de St. George’s e começámos logo a subir e às curvas, o que viria a ser a tónica de todo o percurso na ilha. Uma Sintra gigantesca e exótica, cheia de rampas da Pena, umas a seguir às outras.
A primeira paragem foi na queda de água de Annandale, que estava um pouco vazia porque ainda não era a época das chuvas. O local parecia o parque de Monserrate, com a excepção de a vegetação ser mais exuberante e exótica e no local do lago da queda de água estarem dois jovens rastas a ver se conseguiam alguns E.C. dollars, com explicações desnecessárias e a promessa de um deles se lançar em mergulho do topo do rochedo, o que veio a fazer para gáudio dos turistas que vieram a seguir.
De seguida fomos em direcção a Grenville, onde acabámos por almoçar num snack-bar agradável. A comida era local, exótica e saborosa. Ainda visitámos o mercado, com todo o exotismo que há nestas paragens, e acabei por comprar batatas doces para cozer no barco. Como de costume, éramos os únicos brancos, mas, além de ninguém nos importunar ou reparar em nós, eram todos educadíssimos. Nas calmas, flanámos pelo mercado como se em Portugal estivéssemos. Já nos começamos a habituar a toda esta convivência e quase total ausência de brancos, que, quando se vêem, normalmente são tripulantes de veleiros como nós!
Saímos de Grenville e fomos em direcção a uma fábrica de rum, uma destilaria tradicional e uma das mais antigas da ilha. Efectivamente, fora os tanques de fermentação em cimento, em vez das pipas em madeira, tudo pertencia a séculos passados. Fizemos uma visita guiada à destilaria e acompanhámos todos os passos desde a apanha da cana-de-açúcar até ao final, o Rum Rivers com cerca de 80 a 85º, o rum mais forte da ilha. No final da visita que nos custou a cada um 5 $EC provámos um pouco, quase só molhar os lábios, do rum produzido. A mim sabia-me a álcool etílico, era forte mas bem forte. Fiquei com a garganta a arder e só me passou quando comi um pouco de chocolate na fábrica seguinte que visitámos.
Acabada a visita à Fábrica de Chocolate, voltámos a St. George’s pelas curvas, subidas e descidas do costume. Todo o percurso cheio de lombas para moderar a avelocidade, lombas que davam pelo nome de “sleeping polices”.
Toda a ilha é um jardim botânico imenso. De volta à baía, tomámos duche no clube naval, ao preço de 1 $EC cada e fomos ao supermercado fazer as últimas compras para os dias restantes, porque estávamos a entrar no período da Páscoa e tudo iria fechar. O Luís e o Paulo ficaram no clube à espera da vela arranjada e nós fomos às compras. Já abastecidos com tudo o necessário, começámos a preparar a “janta”. Seria peixe grelhado, um comprado e outro apanhado, com batata cozida e vinho branco chileno. Montámos o grelhador de novo à ré, e desta vez tínhamos um saco de cana-de-açúcar esmagada que tínhamos trazido da destilaria e que se chama “bagaço”, para ajudar a acender o braseiro.
Bifes de atum grelhados, mais um peixe escalado na brasa, tudo acompanhado com batatas assadas no forno, salada e vinho branco chileno. O atum era o que tínhamos pescado na véspera e estava delicioso. Porque será que o peixe pescado por nós sabe sempre melhor que os outros?
É claro que após o jantar já ninguém pensava em ir a terra como se tinha pensado, e tendo arrumado o convés, arrumou-se igualmente o dia e fomos todos dormir.
Quinta-feira, dia 8 de Abril.
Choveu durante a noite. Estamos ainda na dry season, mas a um mês da rainny season. No entanto chove pouco e com pouca intensidade. Levantámo-nos cedo e preparámos tudo para levar a vela para terra com o fim de ser reparada.
Já com a bandeira de cortesia posta, atracámos no sítio de pôr gasóleo com uma manobra que fez uso de três cabos, à proa, à popa e uma regueira mais ou menos a meio. Vela entregue para reparação, contratámos um serviço de táxi com guia para todos, com o fim de visitar o interior da ilha. Havia umas quedas de água para ver ou tomar banho, algumas fábricas, uma cidade interior, etc.
Fundeámos de novo a Dolphin Dance (não há dúvida que a embarcação é feminina, com todas as birras e caprichos típicos…) na baía e fomos ter com o George que seria o nosso motorista e guia durante o dia.
Saímos de St. George’s e começámos logo a subir e às curvas, o que viria a ser a tónica de todo o percurso na ilha. Uma Sintra gigantesca e exótica, cheia de rampas da Pena, umas a seguir às outras.
A primeira paragem foi na queda de água de Annandale, que estava um pouco vazia porque ainda não era a época das chuvas. O local parecia o parque de Monserrate, com a excepção de a vegetação ser mais exuberante e exótica e no local do lago da queda de água estarem dois jovens rastas a ver se conseguiam alguns E.C. dollars, com explicações desnecessárias e a promessa de um deles se lançar em mergulho do topo do rochedo, o que veio a fazer para gáudio dos turistas que vieram a seguir.
De seguida fomos em direcção a Grenville, onde acabámos por almoçar num snack-bar agradável. A comida era local, exótica e saborosa. Ainda visitámos o mercado, com todo o exotismo que há nestas paragens, e acabei por comprar batatas doces para cozer no barco. Como de costume, éramos os únicos brancos, mas, além de ninguém nos importunar ou reparar em nós, eram todos educadíssimos. Nas calmas, flanámos pelo mercado como se em Portugal estivéssemos. Já nos começamos a habituar a toda esta convivência e quase total ausência de brancos, que, quando se vêem, normalmente são tripulantes de veleiros como nós!
Saímos de Grenville e fomos em direcção a uma fábrica de rum, uma destilaria tradicional e uma das mais antigas da ilha. Efectivamente, fora os tanques de fermentação em cimento, em vez das pipas em madeira, tudo pertencia a séculos passados. Fizemos uma visita guiada à destilaria e acompanhámos todos os passos desde a apanha da cana-de-açúcar até ao final, o Rum Rivers com cerca de 80 a 85º, o rum mais forte da ilha. No final da visita que nos custou a cada um 5 $EC provámos um pouco, quase só molhar os lábios, do rum produzido. A mim sabia-me a álcool etílico, era forte mas bem forte. Fiquei com a garganta a arder e só me passou quando comi um pouco de chocolate na fábrica seguinte que visitámos.
Acabada a visita à Fábrica de Chocolate, voltámos a St. George’s pelas curvas, subidas e descidas do costume. Todo o percurso cheio de lombas para moderar a avelocidade, lombas que davam pelo nome de “sleeping polices”.
Toda a ilha é um jardim botânico imenso. De volta à baía, tomámos duche no clube naval, ao preço de 1 $EC cada e fomos ao supermercado fazer as últimas compras para os dias restantes, porque estávamos a entrar no período da Páscoa e tudo iria fechar. O Luís e o Paulo ficaram no clube à espera da vela arranjada e nós fomos às compras. Já abastecidos com tudo o necessário, começámos a preparar a “janta”. Seria peixe grelhado, um comprado e outro apanhado, com batata cozida e vinho branco chileno. Montámos o grelhador de novo à ré, e desta vez tínhamos um saco de cana-de-açúcar esmagada que tínhamos trazido da destilaria e que se chama “bagaço”, para ajudar a acender o braseiro.
Bifes de atum grelhados, mais um peixe escalado na brasa, tudo acompanhado com batatas assadas no forno, salada e vinho branco chileno. O atum era o que tínhamos pescado na véspera e estava delicioso. Porque será que o peixe pescado por nós sabe sempre melhor que os outros?
É claro que após o jantar já ninguém pensava em ir a terra como se tinha pensado, e tendo arrumado o convés, arrumou-se igualmente o dia e fomos todos dormir.
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